

Esse estilo arquitetônico não esconde formas e funções coleciona histórias preciosas.
Conheça um pouco mais sobre o estilo do concreto!
Volumes puros e maciços, estruturas aparentes e concreto a perder de vista. O trio que caracteriza o estilo arquitetônico conhecido como brutalismo nasceu como uma extensão do modernismo vigente entre as décadas de 1950 e 1960. Mas há mais coisas interessantes para você saber. Confira algumas curiosidades:
1 – Ele nasceu como consequência das Guerras Mundiais
Há quem considere o próprio termo brutalismo como algo que o desvalorize. No entanto, a aparente frieza por trás da palavra esconde sua vocação de reconstruir grandes estruturas perdidas nas batalhas da Segunda Guerra Mundial. Sendo assim, o conjunto habitacional que Le Corbusier ergueu em Marselha, na França, em 1952, desponta como exemplo pioneiro da estética e da filosofia social.
2 – São Paulo é uma cidade bruta
Não foram só as condições climáticas que deram à terra da garoa o apelido de cidade cinza. São Paulo é um dos palcos com maior número de construções que seguem o estilo arquitetônico. Além disso, a capital paulista teve em João Batista Vilanova Artigas um de seus grandes expoentes. A própria Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – a FAU-USP – está aí como comprovação. Ela foi projeto seu ao lado de Carlos Cascaldi. Para saber mais, pesquise sobre a “escola paulistana de arquitetura”.
3 – Existem roteiros imperdíveis
Se você mora em São Paulo, ou tem visita marcada pela cidade, que tal planejar um roteiro? Será incrível passar por obras relevantes do brutalismo! Lembre-se de incluir o MASP (1957-68, de autoria de Lina Bo Bardi) e o Ginásio do Clube Paulistano (1958, de Paulo Mendes da Rocha). Também sugerimos a Faculdade de Arquitetura da USP (1961-68, de Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi) e o Sesc Pompéia (1977-92, também de Lina Bo Bardi). Por fim, visite o MuBE (1988-95, também de Paulo Mendes da Rocha).
4 – Dá para acrescentar um tempero oriental
A Casa Brutalista, construída pelo arquiteto Ruy Ohtake como moradia e atelier para a artista plástica Tomie Ohtake, sua mãe, é um dos mais marcantes exemplares do brutalismo nacional. Mesmo em seu interior, tudo é de concreto – até mesmo cama, sofás e armários. De fato, hoje tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico, ela foi alvo de uma disputa jurídica. Seu proprietário comprou o endereço com o intuito de demolir o imóvel para construir a residência de sua família no nobre terreno da zona sul de São Paulo.
5 – Há poesia no concreto
Por aqui, o estilo apareceu pela primeira vez na construção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Affonso Eduardo Reidy foi o responsável, cujo projeto data de 1952. Le Corbusier chegou a dar entrevistas elogiando as colunas da edificação. Por sua vez, em 1982, quando a arquiteta Lina Bo Bardi conclui o Sesc Pompéia, em São Paulo, o centro comunitário foi visto como visionário. Isso graças a seus múltiplos usos sociais e sua capacidade agregadora.