Pandemia faz vendas online crescerem no Brasil

Pandemia faz vendas online crescerem 100% no Brasil em junho

De acordo com o índice MCC-ENET, as vendas aumentaram bastante com a pandemia.

Pandemia faz vendas online crescerem no Brasil

Está acontecendo uma mudança no comércio brasileiro e a presença online é imprescindível.

Puxada pela pandemia da COVID-19, o uso do e-commerce continua em alta. Segundo dados do índice MCC-ENET – desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), em parceria com o Movimento Compre & Confie – as vendas do setor mais que dobraram em junho de 2020. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 110,52%.

Além disso, outros dados chamaram a atenção no documento: 18,2% de consumidores realizaram ao menos uma compra online entre o trimestre de abril a junho. Ou seja, isso representa uma alta de 5,9% em relação ao trimestre anterior (12,3%). Como resultado, foi registrado um novo recorde no índice de participação do e-commerce no varejo restrito no mês de maio: 12,6%.

“Com a chegada de uma pandemia no Brasil, podemos afirmar que estamos vivendo uma mudança de era no comércio eletrônico brasileiro, com a antecipação de patamares de vendas que certamente só seriam registrados a daqui a cinco anos”, afirma André Dias, coordenador do Comitê de Métricas da camara-e.net e diretor-executivo do Compre & Confie. “O mercado realmente passou por uma grande transformação, com vendas de categorias de produtos de consumo diário e entrada de novos consumidores no varejo digital”.

Nesse sentido, há outra métrica interessante sobre esse novo comportamento dos brasileiros. Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no trimestre de abril a junho de 2020, 18,2% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online. Observa-se uma alta de 5,9% em relação ao trimestre anterior (12,3%). Já na comparação com o mesmo período em 2019 houve crescimento de 8,1%.

Home office e informática lideram entre as categorias

Como já esperado em tempos de distanciamento social, a composição de compras realizadas online tiveram segmentos referentes ao home office na liderança. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação responderam por 39,3% das vendas; móveis e eletrodomésticos ficaram na segunda colocação, com 23,6%. Já tecidos, vestuário e calçados aparecem em terceiro, com 13,4%. Na sequência, outros artigos de usos pessoal e doméstico (10,2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,5%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2%). Esse indicador também segue a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.

Metodologia do MCC-ENET

Os índices mensais vêm da comparação dos dados do último mês vigente em relação ao período base (média de 2017). Para compor o índice, o Compre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro, utilizando adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro. Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV.

O MCC-ENET traz uma visão completa a respeito do e-commerce no país a partir da análise das seguintes variáveis: percentual nacional e regional de vendas online, faturamento do setor e tíquete médio. Outras métricas analisadas mensalmente são participação mensal do e-commerce no comércio varejista e crescimento do setor no varejo restrito e ampliado, além da distribuição das vendas por categoria. Por último, a penetração de internautas que realizaram ao menos uma compra trimestralmente pela internet também está contemplada no índice.

Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação, pois ainda não são monitorados pelo Compre & Confie.

Fonte: Canal Tech